Autoconhecimento

Autor: João Francisco Cordeiro, 11ºA

Caro leitor,

o texto que apresento nas próximas linhas foi realizado no âmbito da disciplina de Filosofia, sobre a capa e o título do manual adotado.

Passo a abordar o título, Ágora, local onde os gregos se encontravam para filosofar, refletir e tentar responder às perguntas que surgiam. Quanto à capa, numa primeira análise, observando os lábios fechados, os olhos abertos e o rosto concentrado, vemos um rosto interessado, que olha fixamente para quem vê a capa. Isto suscita interesse e capta a nossa atenção, pois, tal como os nossos antepassados gregos faziam, dá-nos a sensação de que se trata de uma pessoa que quer questionar ou está curiosa perante aquilo que observa.

Por outro lado, as cores chamativas captam facilmente o nosso interesse, através da junção de vermelhos (tons quentes), azuis (tons frios) e cores intermédias, como o verde, o que nos leva a questionar o estado de espírito desta pessoa com um rosto tão chamativo. De facto, tanto pode estar inquieta (vermelho), devido a questões que a possam estar a perturbar, como por exemplo a pergunta “Como posso conhecer?”, como também pode estar calma e serena (azul), pois não se interessa, nem tem curiosidade sobre qualquer tema, pelo que não tem razões para estar em conflito com a sua mente. Contudo, pode também já ter atingido o cerne da questão ou pensamento que a ocupava, sentindo-se assim livre.

Assim, é também levantada a questão daquilo que consideramos normal ou usual, pois estas cores, apesar de não serem interpretadas da mesma forma por todos nós, transmitem uma ou várias mensagens, que, para o seu criador, podem ter sido diferentes daquelas que nós obtivemos. Isto também nos leva a questionar sobre o que pode ser considerado arte, já que através desta capa todos nós podemos ter perspetivas diferentes e alguns nem sequer considerarão isto arte.

Enquanto escrevia este texto, a questão “Como posso conhecer?” estava a reter a minha atenção, pois, apesar de não ter uma opinião bem fundamentada relativamente a esse assunto, existem logo ideias que me vêm à mente, como por exemplo: muito do que conheço foi-me ensinado pelos meus familiares, professores e amigos e através disso posso até moldar um pouco da minha pessoa e responder com alguma coerência à pergunta “Quem sou eu?”, já que através do conhecimento obtido por aprendizagens e vivências é que nos construímos psicologicamente.

Contudo, uma parte do conhecimento que temos não foi obtido diretamente por nós, o que me faz questionar se efetivamente é o conhecimento obtido que nos faz ser as pessoas que somos, pois, apesar de fazer parte de nós, não é nosso. Assim, creio que existem outros métodos que nos podem mostrar quem realmente somos e como nos poderemos conhecer. Através de situações em que agimos impulsivamente ou inconscientemente é que nos podemos questionar sobre quem somos, pelo que considero que esta é uma das maneiras que podemos usar para nos conhecermos.

Para terminar, posso associar as perguntas anteriormente abordadas à figura, pois através das sensações sensoriais, destacando-se a visão, podemos verdadeiramente conhecer o que está à nossa volta e a nós próprios e assim responder à pergunta “Quem sou eu?”

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