Autor: Manuel Martins, 10.º D
O Dia dos Namorados, nalguns países, conhecido como Dia de São Valentim, é uma data especial e comemorativa, na qual se celebra a união amorosa entre namorados, casais e que, nas últimas décadas, ganhou uma nova abordagem, incluindo, também, os amigos.
Em Portugal, comemora-se no dia 14 de fevereiro, sendo comum a troca de cartões e presentes, onde o símbolo primordial é o coração, tais como as tradicionais caixas de bombons, demonstrando afeto, uns pelos outros.
Durante o Império Romano realizava-se um festival, que marcava o início da primavera, o qual se chamava “Lupercália” e celebrava a fertilidade, homenageando os deuses “Juno”, a deusa romana da mulher e do casamento, e “Pan”, o deus da natureza. Muitos consideram que é esta a verdadeira origem da comemoração deste dia.
Todavia, a associação com o amor chega após o final da Idade Média, porque até lá a referência a este dia limitava-se a um obscuro dia de jejum.
Ainda na época dos romanos, um bispo, de seu nome Valentim, desobedeceu às ordens do imperador Cláudio II. Estava proibida a celebração de casamentos, durante as guerras, com o intuito de manter os soldados solteiros. Contudo, o bispo continuou a celebrar casamentos, tendo sido descoberto e condenado à morte.
Enquanto aguardava pela sua sentença, apaixonou-se pela filha de um carcereiro (guarda) que era invisual e, por meio de um milagre, devolveu-lhe a visão. Dela se despediu com um bilhete assinado: “do seu Valentim” ou “do teu namorado”.
Deste modo, o bispo Valentim tornou-se um mártir da igreja Católica, passando a ser homenageado, neste dia, como leal defensor do amor e das relações amorosas entre pessoas. Inclusivamente, ele foi exemplo disso quando esteve na prisão, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor.
Em 1840, nos Estados Unidos, “Esther Howland” eternizou-se como pioneira na comercialização de cartões de São Valentim. Desde então, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões produzidos em massa.
Em suma, a lenda de São Valentim ficou eternamente marcada no calendário, não dispensando as declarações de amor, nem as setas do Cupido. Amor é, pois, celebrar o Santo que “perdeu a cabeça” por causa dos jovens apaixonados.