Revolução dos Cravos

Autor: David, 10.º D

O “Golpe Militar do 25 de Abril de 1974”, mais conhecido por “Revolução de 25 de Abril ou “Revolução dos Cravos”, foi um acontecimento que veio por fim aos 48 anos de ditadura em Portugal.

Como é do conhecimento geral, esta marcante data veio a tornar-se muito importante para a história e futuro do nosso país. De facto, Portugal vivia um regime político ditatorial, também denominado por “Estado Novo”, liderado, inicialmente, por António de Oliveira Salazar e, posteriormente, por Marcello Caetano. Deste modo, o país lusitano atravessava diversos problemas, tais como, a pobreza, a censura, a repressão política e a Guerra Colonial. Assim, grande parte da população tinha dificuldades económicas, e os conflitos armados nas colónias em África estavam a causar muitas perdas materiais e humanas ao estado. Além disso, havia muitos presos políticos e cidadãos a serem detidos pela “Polícia Internacional e de Defesa do Estado”, mais conhecida por “PIDE”, que era responsável pela repressão de todas as formas de oposição ao regime político. Da mesma forma, não havia liberdade de opinião e expressão, sendo censurado qualquer meio de comunicação. Deste modo, o descontentamento dos portugueses face às imposições do regime salazarista foi aumentando de dia para dia.

Assim sendo, um grupo de militares, os chamados “Capitães de Abril”, começou a planear um golpe, para mudar o rumo político da nação. Deste modo, a 25 de Abril de 1974, um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), inicia a revolução por todo o país. As forças da Escola Prática de Cavalaria, que partem de Santarém, lideradas pelo Capitão Salgueiro Maia, desempenham o papel mais importante: a ocupação do “Terreiro do Paço”, o que acontece às primeiras horas da manhã. Seguidamente, Salgueiro Maia move parte das suas forças para o Quartel do Carmo onde se encontra o chefe do governo, Marcello Caetano, que se rende ao final do dia.  Assim, esta revolta armada foi possível devido a pequenos acontecimentos que permitiram informar as tropas no terreno das etapas da revolução. Estes foram a transmissão das músicas “E depois do Adeus, de Paulo de Carvalho, e “Grândola, Vila Morena, de Zeca Afonso. Posteriormente, o “Golpe Militar do 25 de Abril” ficou conhecido por “Revolução dos Cravos”, visto que uma florista começou a distribuir cravos aos soldados, que os colocaram nos canos das armas, daí o nome de “Revolução dos Cravos”. Assim sendo, esta intervenção militar decorreu de forma pacífica, tendo sido registadas apenas cinco mortes.

Em suma, o “Golpe Militar do 25 de Abril de 1974” foi decisivo para o fim da ditadura em Portugal. Consequentemente, este acontecimento veio alterar a vida dos portugueses em muitos aspetos. Em particular, contribuiu para a conquista de direitos humanos fundamentais, entre os quais a liberdade de expressão. Graças a este “Golpe Militar”, nós, os lusos, vivemos há 51 anos em democracia.

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