Autor: Professora Sónia Rodrigues
Alunos de 10º e 11º anos participam na Caminhada de informação, pelas margens do Rio Fervença e Sabor
No passado dia 17 de maio, um grupo de alunos do 10º A, 11ºA e B, participaram numa caminhada da informação que pretendeu combater a desinformação na área do ambiente e em específico nos recursos hídricos.
O desafio foi apresentado pela Bibliotecária, Ivone Brás, da Biblioteca Municipal, ao nosso Agrupamento e uma vez que constitui um conteúdo programático de 11º ano, da disciplina de Biologia e Geologia, consideramos que o envolvimento dos alunos, fora de portas, seria um complemento enriquecedor ao ensino de sala de aula.
Assim, os referidos alunos, acompanhados pelas docentes de Biologia e Geologia, Mariana Carvalho e Sónia Rodrigues, tiveram oportunidade de participar num evento inserido no projeto europeu «Citizens and Libraries Against Disinformation» (CLAD), projeto que reúne parceiros de Portugal, da Alemanha e da Eslováquia, nomeadamente a BAD-Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação e Documentação, a DGLAB, o Goethe-Institut em Lisboa e o Goethe-Institut em Bratislava, tendo sido representados neste projeto pela Biblioteca Municipal de Bragança.
No dia 17, à hora marcada, fomos recebidos pela Bibliotecária da Biblioteca Municipal, que nos deu as boas vindas e fez uma breve apresentação do projeto, do seu propósito e das atividades que iriamos experienciar.
Iniciámos o percurso ao longo das margens do Rio Fervença, que decorreu durante toda a manhã, destacando a paragem na ponte do Jorge, em frente à ETAR (Estação de tratamento de águas residuais), na Casa da Seda, nas Bioilhas, no moinho, nas hortas do IPB, com visita ao hotel dos insetos. As paragens foram informativas e enriquecedoras, orientadas por especialistas, e foram previamente planeadas por vários agentes locais, nomeadamente bibliotecários, professores, investigadores, alunos, técnicos dos serviços de águas e proteção civil e por cidadãos da comunidade brigantina, nomeadamente moradores beira-rio, que testemunharam connosco, numa paragem no auditório da Casa da Seda, o seu contato diário, no passado, com o rio. Destaca-se a participação ativa dos inscritos na caminhada, nomeadamente os nossos alunos, em todas as paragens.
No final da manhã partimos rumo ao Parque de Merendas de França, onde desfrutamos de um delicioso piquenique transmontano, seguido de momentos de lazer e jogos tradicionais, sempre acompanhados pelas águas e a sua fauna e pela flora que delimita o Rio Sabor. Tivemos ainda oportunidade de assistir a um exercício de pesca elétrica, promovida pelo professor Amílcar Teixeira e a sua equipa, Fernando Teixeira e Fernando Miranda. Tivemos oportunidade de perceber o seu principal objetivo, compreender o processo, e reconhecer o papel de diferentes seres vivos neste ecossistema, nomeadamente os amieiros, as trutas e os mexilhões. Não podemos deixar de referir que já conhecíamos um pouco deste contexto pois foi um tema colocado recentemente no exame nacional de 2023, 2ª fase, o que de certa forma demonstra a importância deste tipo de atividades fora da sala de aula, contribuindo para um conhecimento concreto, vivenciado in locu.
No final da pesca elétrica, foi possível identificar as diferentes espécies de peixes autóctones do rio Sabor, através das suas características físicas e qual o tamanho que devem apresentar para poderem ser capturados, na pesca desportiva, assegurando que já deixam descendentes, para não comprometerem a sobrevivência dos indivíduos de cada espécie. Foi também possível a identificação de macroinvertebrados do rio e o seu contributo nos ecossistemas. Depois desta verdadeira aula de campo, os seres vivos foram devolvidos ao seu habitat e nós, depois de um lanche final, regressamos ao nosso, mais ricos de conhecimento e informação, e gratos por termos tido oportunidade de avaliar a nossa ação in(sustentável) em relação aos recursos hídricos e biológicos.












