Por favor, tragam uma balança!

Autor: Professora Ana Ferreira

Esta é uma reflexão em que o humor é a tónica dominante sobre alguns aspetos que considero pertinentes na multiplicidade que é a comunidade educativa. Procurei privilegiar sempre que possível a verdade não omitindo elementos que por uma imperiosa força das circunstâncias, são sonegados e, portanto, passíveis de adulterar opiniões. O meu objetivo é tão só proporcionar uma sonora gargalhada, um sorriso sincero ou apenas um torcer de nariz perante tanta indelicadeza e despropósito. 

Bora , lá!… 

Os diretores de turma são escolhidos de acordo: 

– com as suas características de liderança, independentemente dos métodos que usam para fazer vingar a sua personalidade e atiçar a chama. Flexibilidade é a palavra de ordem : ora diretores de turma , ora secretários uns dos outros; 

– com a sua relação com os encarregados de educação, independentemente do que lhes dizem, valorizando “pormenores” ou não, o importante é “malhar” nos alunos; 

– com o seu perfil autoritário e prepotente que lembra uma estadia na Coreia do Norte; 

– com as suas falinhas mansas, de lobo mau disfarçado de cordeirinho que nunca mostra a patinha. 

Os secretários são escolhidos de acordo: 

– com a sua apetência para a escrita, criando uma ata coesa e coerente, legível e fluente; 

– com a sua dificuldade inata de escrever duas frases com sentido proporcionando a quem as lê uma completa liberdade de interpretação e uma ampla generosidade; 

-com a sua habilidade triunfal de copiar textos de outros o que conduz a que “quem lê uma ata, lê todas; 

– com o seu descaramento inocente de enviar atas para quem não está nomeado com a finalidade de as “comporem” no emaranhado que é a sua estrutura. 

Os professores escolhidos para integrarem comissões, nos darem lições e outras mais ações, já têm: 

– um lugar devidamente assinalado para colocar a estatueta dourada e puxar-lhe o brilho todos os dias; 

– um lugar aconchegado, mas não têm bem a certeza se merecem este galardão. Acham, porém, se lhes for atribuído o seu valor reverterá para a causa” do bom e competente ambiente”; 

– um lugar no sótão pouco visível, sem muitas correntes de ar pois a estatueta pode estar infetada com tanta proximidade, tanta partilha e tantos surtos epidémicos; 

– um lugar bem no centro de qualquer ângulo para lembrar que estas pessoas existem, persistem, produzem, realizam e contabilizam… A estatueta para eles não é apenas dourada. É da cor do cobre pois cobre todas as competências que lhes são reconhecidas. 

Neste sortido que comporta uma considerável variedade de opiniões permite, também, que nos situemos na opção ou opções que melhor traduzem o nosso ponto de vista face à realidade que nos rodeia. Rir é sempre o melhor remédio!… 

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