Emilly Vechi; 11ºA
Contra alunos de diferentes escolas do município, lá estávamos nós, alunos do Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, ansiosos para a prova de palco, rodeados de professoras incentivadoras e cuidadosas, e, aqui, deixo o meu agradecimento às professoras bibliotecárias, nomeadamente à professora Mónica e à professora Lurdes: obrigada pelo cuidado e carinho com os vossos alunos. Sem incentivo, ninguém chega a lado nenhum.
A recapitular o dia… Sabem quando estamos prestes a descer uma montanha-russa? Essa é a exata sensação de estar em cima do palco, e, para ser sincera, tive uma espécie de apagão mental e já não me lembro de nada do que aconteceu à frente de toda aquela gente. Só sei que o que eu falei, aparentemente, convenceu toda a gente de que ler é essencial, e que bom, pois essa é a convicção na qual eu firmo os meus conceitos sobre a vida: ler é conhecimento e conhecimento é poder. Uau… como temos poder nas nossas mãos!
Do lado de fora do Auditório Paulo Quintela, a rua estava silenciosa e o céu cheio de nuvens, mas dentro do auditório, no coração de cada premiado, fez-se sol, fez-se luz e, acima de tudo, fez-se literatura do tipo mais mágico que existe: aquela arrebatadora sensação de convencer o público a ler uma obra que marcou as nossas vidas. No meu caso, concretamente, Três, de Valérie Perrin, obra carinhosamente recomendada pela minha professora de Português, Luísa Diz Lopes, uma exímia docente e amante de bons livros.
De modo a concluir este breve relato, gostaria de reafirmar a tamanha importância dos projetos que incentivam os alunos a ler, que estimulam a oratória e promovem o diferente. Aos premiados, obrigada por partilharem connosco o vosso coração. E àqueles a quem o concurso correu menos bem, não desistam. Alimentem sempre o vosso amor pela literatura.
O dia 26 de março teve um fim extraordinário. Ao lado de quem amo, fui premiada e reconhecida na presença de pessoas tão importantes para Bragança e para Portugal. O poder da literatura transcende qualquer nervosismo, qualquer regionalismo e qualquer preconceito. Afinal, não há nada que um bom livro não una.