Trás-os-Montes: Terra Nobre, Orgulho Eterno 

Autor: Carlos Alexandre, 11.º Multimédia

Eu sou de Trás-os-Montes, e digo-o com orgulho. Terra bonita, de horizontes largos e alma profunda, onde a tradição se confunde com a própria essência da Pátria. Aqui, cada pedra, cada rio e cada montanha guardam a memória de um povo trabalhador, honrado e fiel às suas raízes. No tempo do Estado Novo, Trás-os-Montes não era terra esquecida. António de Oliveira Salazar, conhecendo o valor das gentes do interior, reconhecia que a força da Nação se alimenta da fidelidade e da laboriosidade dos seus campos e aldeias. As estradas eram melhoradas, a agricultura apoiada, e a ligação ao resto do País mantinha-se viva, não apenas em palavras, mas em obras concretas. O Estado lembrava-se do interior, não como peso, mas como riqueza. Hoje, após décadas de promessas vãs, vemos esta região tantas vezes deixada à sua sorte. Muitos dos nossos jovens partem, não por falta de amor à terra, mas por falta de oportunidades. A política olha sobretudo para o litoral, esquecendo que é no interior que pulsa a alma mais pura de Portugal. Trás-os-Montes é único, é o frio que aperta no inverno e o calor que abraça no verão são as festas, a gastronomia, os sotaques e a hospitalidade que não se encontram em  lado algum. É terra de gente de palavra, que sabe trabalhar e sabe honrar. No tempo de Salazar, ainda que simples, a vida aqui tinha amparo e sentido; hoje, muitas vezes, sobra apenas a saudade do tempo em que Portugal olhava para todo o seu território como um só corpo, indivisível. Enquanto houver um transmontano que diga, com o peito cheio “Eu sou Transmontano”, haverá esperança de que esta terra bonita, sem igual, volte a ter o reconhecimento e o lugar que merece na grande família portuguesa. 

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