Autor: Professor Nuno Cristóvão
A fotografia continua a evoluir ao longo dos seus mais de 200 anos de história, mas com a imagem digital, as coisas mudam mais rapidamente que nunca. Apesar de o hardware e do software estarem em constante evolução, continua a ser essencial dominar as técnicas fotográficas básicas. Tal como os artistas e os artesãos têm vindo a descobrir há séculos, as ferramentas só por si não criam uma obra de arte. Na fotografia, é a pessoa atrás da câmara que conta realmente. É ela que escolhe o que fotografar e quando dispara o obturador. Mesmo com as câmaras digitais mais recentes, continua a ser necessário “ver” como um fotógrafo, e saber como transformar aquilo que vemos numa imagem bem-sucedida. O quotidiano é um conjunto diversificado de situações, um espaço vivencial multifacetado. A natureza, constituída por elementos físicos, materiais e imateriais proporcionam momentos que um olhar (“ver”) atento, criativo, pode captar e registar. As pessoas, as edificações, os animais, os objetos e o ambiente envolvente criam “histórias” que podem e devem ser tratadas e apresentadas como obras de arte. Todos estes elementos constituem a “fisionomia” do nosso habitat. O observador, tem a possibilidade de entender estes sinais/códigos/indícios que, em conjunto e/ou isoladamente de forma atenta e interessada, procura caraterísticas singulares em cada um deles, regista por meio das palavras, do desenho ou da fotografia todas as suas emoções provocadas pela imagem que observa. Partindo de um tema pré-estabelecido – “Património de Bragança – Fragmentos”, o observador elabora através das ferramentas adequadas um trabalho, coerente que reflita de forma criativa esse tema.
Partindo da Escola Abade de Baçal, o formando/fotógrafo parte à descoberta de fragmentos que se oferecem a um olhar atento. Da Praça da Sé e em direção ao Castelo faz o registo fotográfico do património que o sensibilizou, optando pelo melhor enquadramento e destacando os fragmentos que só um olhar atento consegue ver.

